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Boa tarde! minha dúvida em questão não só com a citada, mais de maneira mais prática como se acha o NID e o NSD sem mais, agradeço . Lucivaldo Remígio
Para analisar o circuito, vamos considerar o potenciômetro P1 na posição central, que gerará uma tensão de referência de entrada de 2,5V. Também vamos considerar que o transistor T2 esteja cortado, com uma tensão de coletor de +5V. Apesar disso, ao ligarmos o circuito, os dois transistores estarão polarizados (saída 0V).
Com a tensão de +5V no coletor de T2 e a tensão de 2,5V no cursor do potenciômetro P1, forma-se um divisor de tensão entre R3 (47k) e R4 (22k), onde teremos 5V de um lado e 2,5V de outro, ou seja, uma queda de tensão sobre os dois de 2,5V. Como R3 é 2,1 vezes maior que R4, a tensão de 2,5V será dividida pela proporção de 3,1x, resultando em 0,8V de queda sobre R4 e 1,7V de queda sobre R3.
Assim, a base de T1 ficará com uma tensão de 3,3V. Como temos no emissor do transistor a mesma tensão (3,3V dada pelo zener), este transistor estará completamente cortado, resultando em seu coletor, uma tensão de zero volt, o mesmo da base de T2. Com isto, T2 manter-se-a cortado e em seu coletor, haverá +5V.
Para mudar o estado do Schmitt Trigger, deveremos deslocar o cursor do potenciômetro para baixo, para abaixar não somente a tensão deste cursor, mas também a tensão de base de T1. Sabendo que o emissor de T1 possui uma tensão fixa de 3,3V, a tensão de base de T1 deveria cair até chegar a 2,7V (0,6V a menos que o emissor), para produzir a polarização deste transistor.
Devemos agora fazer um cálculo relativamente simples, para determinar qual deveria ser a tensão do cursor do potenciômetro, para que colocássemos na base a tensão de 2,7V. Sabendo que a proporção da queda de tensão sobre R3 é de 2,1x e que se tivéssemos na base uma tensão de 2,7V, haveria uma queda neste resistor de 2,3V (5V do coletor de T2 menos 2,7V da base de T1). Agora, dividindo esta tensão de 2,3V por 2,1x, teríamos uma queda sobre R4 de 1,1V. Desta forma, com 2,7V na base de T1, subtraindo 1,1V, teríamos a tensão de 1,6V no cursor de P1, que seria a tensão para mudar o estado do multivibrador.
Esta tensão de limiar mais baixo ou threshold, vamos chamar de Nível Inferior de Disparo, ou simplesmente NID.
Assim, quando a tensão do cursor de P1 atingir a tensão de 1,6V, o estado do multivibrador alterará novamente.
Com a polarização da base de T1, a tensão de seu coletor subirá, polarizando a base do transistor T2 e com isso, sua tensão de coletor cairá para zero volt. Agora, o resistor R3, com seu lado direito em zero volt, irá produzir grande polarização para a base e emissor de T1 (apesar da base não cair abaixo de 2,7V – devido à tensão estabilizada no emissor), e este transistor ficará saturado (coletor com 3,3V).
Agora, se voltarmos novamente a tensão do cursor de P1 para 2,5V, o transistor T1 manter-se-á saturado, via R3.
Agora, poderemos calcular qual deveria ser a tensão no cursor do potenciômetro P1, para que novamente haja a mudança do estado da saída do Schmitt Trigger.
Temos agora, uma queda de tensão de 2,7V sobre o resistor R3 (de base de T1 ao coletor de T2). Como a proporção de R3, continua sendo 2,1 vezes maior que R4, devemos dividir esta tensão por 2,1x que resultará em 1,3V, que deverá ser a queda de tensão sobre R4. Como do lado direito de R4 (base de T1) há uma tensão de 2,7V, somada à tensão de 1,3V, resultará em 4V, que será o Nível Superior de Disparo ou simplesmente NSD.
Podemos dizer que quando a tensão no cursor de P1 chegar a 4V, disparará o processo de mudança na saída do circuito. Assim, o circuito já após a mudança de estado, onde o transistor T1 acaba sendo despolarizado, resultando em zero volt em seu coletor e também despolarizando o transistor T2, ficando sua base com zero volt e seu coletor com 5V. Agora, teremos +5V no coletor de T2 e +4V no cursor de P1, que resultará em uma queda de tensão de 0,3V sobre R4, deixando a base de T1 com 4,3V, ou seja, totalmente despolarizado.
Um grande abraço. Mário PinheiroBloco M3-32 / Questão 16
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